quarta-feira, 30 de setembro de 2009

PSICOLOGIA HOSPITALAR...

>>> a HUMANIZAÇÃO da SAÚDE

A psicologia nos confere acesso aos bastidores da humanidade, aos espaços reservados das vivências, segredadas nos recônditos da história pessoal de cada ser humano. São os locais em que residem as mais diversas e complexas expressões do território dos sentimentos, e, por isso, são também os espaços onde manifestam-se as experiências da dor, das perdas, dos medos, dos desencontros... São os calvários da existência. Adentrar esses espaços pelos recursos próprios deste ofício, na abertura oferecida pelo possível de cada um, é um processo de comprometimento cujo objetivo é conhecer mais intimamente suas nuances e desdobramentos, de modo a conferir às pessoas a possibilidade do acerto, da superação, do aperfeiçoamento, bem como do recomeço, da re-significação… É tocar e cuidar a vida pelas tramas dos delicados solos da emoção, território onde residem as mais complexas relações da privilegiada condição humana.

Assim, neste momento, quero dedicar os solos deste post para ofertar uma interessante reflexão sobre a Psicologia Hospitalar e sua importância, não apenas como via de auxílio e superação, tanto para os pacientes quanto para os profissionais, mas, sobretudo como caminho para o resgate do processo de Humanização da Saúde, do cuidado para com os bastidores da existência de cada ser humano, de cada vida, fragilizada e combalida em meio a dura experiência da dor, da enfermidade, da perda, da morte…

Aproveito para reiterar ainda mais o meu carinho e admiração para com este ilustre ramo da Psicologia, que de fato, penetra de modo incisivo os surpreendentes bastidores da vida humana, no exercício da nobre missão de resgatar e salvaguardar o seu valor e dignidade, em face aos duros percalços da vida…

Elton Garcia
Bastidores da Humanidade

Quero aprender a ajudar gente com problemas… Quero dar atenção a eles…

O foco do Psicólogo Hospitalar é o paciente e sua família. É a partir deste foco que atua com A EQUIPE DE SAÚDE.

Os profissionais que atuam a mais tempo tendem a ser menos receptivos do que os mais novos… O discurso médico tem por tradição excluir a subjetividade do individuo que traz sua queixa. Deve-se conscientizar a equipe quanto ao lado emocional do paciente. O Psicólogo também poderá ajudar os profissionais a refletir sobre variadas questões…

E se um paciente morresse? – Quem tem a morte de errado? Por que temos esse medo mortal? Por que não tratamos a morte com humanidade, dignidade, decência e até com humor? A morte não é o inimigo. Se quiserem enfrentar um mal, enfrentem o mal da indiferença…

Mas também é preciso lembrar a subjetividade do profissional hospitalar. As tensões intraprofissionais são muitas vezes expressas em comportamentos interpessoais. E nesta profissão, lida-se cotidianamente com situações que os afetam: doenças, pacientes terminais ou de UTI, morte, dificuldade da família em aceitar a situação, alta carga horária… e o choque ao não saber lidar com o paciente. E essas situações aumentam o nível de ansiedade e comprometem a plena execução das tarefas. Ou seja, o comportamento profissional reflete diretamente as emoções humanas dos indivíduos que compõem a equipe.

O psicólogo irá ajudar a equipe a entrar em harmonia, adquirida através do diálogo e da tolerância, a fim de promover o melhor para o paciente. “Toda ação transformadora da sociedade só pode ocorrer quando indivíduos se agrupam” (Lane).

Cultivem amizades com essas pessoas incríveis, as enfermeiras. Cuidam de pessoas dia após dia. Têm muito o que ensinar… Bem como os professores…

Compartilhei da vida de pacientes e pessoal do hospital. Rimos e choramos juntos. Quero dedicar a vida a isso. A missão do médico deve ser não apenas de evitar a morte, mas melhorar a qualidade de vida. Tratando o mal, se ganha ou se perde. Tratando o indivíduo, garanto que vão ganhar, independentemente do desfecho”.

Vale ressaltar que a Psicologia Hospitalar é uma área ampla e em crescimento, e vai muito além de um simples trabalho… É o lidar co a complexidade do ser humano nas mais distintas emoções.

Vídeo/produção: Alessandra Batista Ramos, Ana Carolina dos Santos, Aneline Meneses Nicolau, Janaína Ortiz dos Santos, Julie Trandafilov, Lorim Saori Sato, Priscila da Silva Pereira.

Postado no YouTube por: Psicorenzi - "O Trabalho de Humanização dentro dos Hospitais depende de cada profissional! "

Mais vídeos deste tema no YouTube:

http://www.youtube.com/watch?v=gmfYtbjR7T4

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